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A Princesa e o Demônio

                            
                                  A Princesa e o Demônio

 Era uma vez. É assim como todos os contos infantis, ou pelo menos os de fadas começam. Provavelmente há um Príncipe, uma princesa e uma madrasta má. O Príncipe salvará a princesa, casará com ela e viveram felizes para sempre.
 Mas nem sempre tem que ser dessa forma. Porém se é esse tipo de história que espera lendo isso, volte para os livros infantis. O que eu vou contar agora é o que vem perturbando a minha mente há anos. De como a princesa mesmo sendo do mal, ainda assim no fim também conseguiu o seu final feliz.


 Era uma noite como qualquer outra durante todo o Reino, havia pessoas por todo o lugar, estavam todas agora há espera de casar-se com o Príncipe. O Príncipe era bom, seguia Deus fielmente, e jamais desrespeitaria uma dama.
 Ajeite-se - Dizia Adelaide - você precisa encantar o Príncipe. 
Adelaide era minha melhor amiga, quase como uma irmã mais velha. E então ela me ajudou a consertar meu vestido. Não demorou muito para que começasse a chamar a próxima plebeia à se apresentar para o Príncipe.
 Logo ouvi meu nome ressoar por todo o lugar, fui então até ele, curvei-me diante, e ele me convidou para dançar. Como tinha também feito com outras damas. Pelos seus olhos ele estava mesmo encantado com minha beleza, me levou então para um outro lugar, onde me prometeu fidelidade, amor, e prosperidade. 

 Quando menos esperei, no dia seguinte, havia sido declarado uma nova princesa, a que casará com o Príncipe. Adelaide estava contente, pois eu havia realmente encantado o Príncipe e agora poderíamos mudar de vida. Quando entrei pelo tapete vermelho todos olharam para mim, e eu sorria e acenava alegremente para todos eles. Chegou a hora de dizer sim, depois sair naquelas coisas gigantes, e finalmente chegou a hora de sermos felizes para sempre. Ou talvez nem tão feliz assim.

  Eu estava fora do Palácio, andava pelas ruas tentando esconder o meu rosto, afinal, eu não podia sair do Palácio sempre que eu quisesse. Quanto menos esperava me deparei com o com o Mal. Um homem em que todos diziam ser um demônio, ou algo assim. Mas eu não sentia medo, afinal... Sempre adorei demônios. Eu estava indo encontrar Adelaide mas o Mal - Um homem que estava passando na rua e que todos diziam que era um demônio - por algum motivo não tirava de mim os seus olhos.
 Ele se aproximou, e me tratou com uma dama merece ser tratada. Me elogiou, e prometeu a mim, o verdadeiro amor. Caso me casa-se com ele, e disse-me que era um Rei. O que não era verdade, ele não é um Rei. Mas isso pouco me importava. 
 Eu o disse que já era casada, mas ele insistiu em dizer que tínhamos corações parecidos. Que pertencíamos as trevas, ou algo assim. E que o Príncipe nunca suportaria tamanha maldade que havia em nossos corações. Em certo ponto ele realmente tinha razão, meu coração não era bom e puro como o do príncipe, mas, como eu poderia trocar O príncipe! .
 E então eu o disse: 
 - eu não posso deixar o príncipe por uma pessoa que não conheço. 
E então ele respondeu: 
 -Você mal conhecia o príncipe quando se casou com ele. E então fiquei sem palavras. ele continuou. Eu sempre amei você, sempre! Você não se lembra?
  -Lembrar? Não. 
 Então tento seguir adiante mas ele me segura pelo braço. Olhou pra mim e me disse que eu deveria lembrar.  Eu achei isso uma loucura e continuei andando! Cheguei finalmente na casa de Adelaide, depois que me despedir estava de volta ao Palácio. 
 O Príncipe parecia furioso, pois ele não aceitava que seria eu uma mulher sem Deus no coração. 
 Tentava me converter, mas falhava desgraçadamente. Chegou a noite e finalmente fomos dormir, demorei um para que eu conseguisse dormir pois o Mal, o homem que me parou na rua não saia da minha mente. No outro dia, acordei e notei a falta e presença do Príncipe.
 Sair mais uma vez, escondendo o meu rosto para que ninguém me reconhecesse, eu não sabia bem para onde estava indo, mas lá no fundo eu sabia que queria encontrar o Mal mas uma vez. Finalmente acho que lembrei o que ele tanto queria. O que não entendia era o por que todos diziam que ele era um demônio. Depois de tanto andar por aí sem rumo decidir votar ao Palácio. Infelizmente não encontrei o mal.

Quando cheguei ao palácio estava a procura do Príncipe mas ele como sempre mal me dava atenção. No outro dia quando eu acordei o príncipe não estava ao meu lado, então resolvi como em todos os outros dias sair por aí.
Quando menos esperei eu vi o Mal, ele estava um pouco longe de mim, então tive que me apressar para acompanha-lo. Então gritei... Maaaal... Ele olhou para traz surpreso.
 Me esperou e finalmente eu disse, agora eu me lembro quem é você!
 Há uns anos atrás você era meu amigo. E acredito me gostava de mim, afinal sempre sentia ciúmes.
Sim, sempre te amei. Como se lembrou?
Não sei, mas naquele dia eu não conseguia parar de pensar em vc, sempre quando eu me lembrava do seu  rosto me parecia alguém conhecido. Até que finalmente lembrei. Mas me diga uma coisa, pq dizem que vc é um demônio?
Ele olhou friamente em meus olhos, e me respondeu:
  -Porque eu sou.
  -Mas como assim, você é? E como os outros sabem?
  -Não sabem! Simplesmente me julgam pela forma que eu me visto e que eu ajo.
Olhei para ele e reparei em suas roupas que sempre eram pretas, seu coturno, e enfim... seu olhos de lápis preto, realmente um visual obscuro.  Mas não acreditava que ele era um demônio.
Disse para ele que deveríamos continuar sendo amigos. Ele aceitou.
 Passaram-se meses e continuávamos sendo amigos, porém algo estava crescendo no meu coração. E então tive que pedir para o Mal parar de falar comigo, pois eu não queria gostar dele, não podia! Eu gostava tanto do Príncipe mas ao mesmo tempo eu estou gostando exageradamente do mal. 

 Dias se passaram e o Príncipe continuava me fazendo sofrer, pois ele não me dava atenção.
Então percebi o quando era melhor o Mal do que o Príncipe, ele era mal, me dava atenção e ainda era lindo.
 Mas... Eu não poderia fazer isso com o Príncipe.
 Uma semana se passou e... O Príncipe desapareceu. Quando retornou veio a mim como se nada tivesse acontecido, como sempre fazia. Já estava cansada e então discutimos. E pela primeira vez ele disse que não me amava.
 Isso me deixou tão triste....
 Então pela primeira vez depois de algum tempo o espaço estava livre. Iria eu largar o Príncipe?
Mas é claro.
 Ele olhou para mim e me jurou que depois de um tempo ele conseguiria me amar de verdade.
Mas não era isso o que eu queria, não queria expectativas, de que um dia ele me amaria.
 Queria desde já, agora, nesse momento, desejava cegamente que ele me amasse de verdade. E não ter que esperar que um dia isso de verdade acontecesse.
Mas na realidade ele ainda só gosta de mim. Mas eu quero O verdadeiro amor, aquele amor que  todas esperam de um príncipe! Quero alguém que me ame, e que me aceite como sou!
  E foi assim, que descobrir que na realidade o Príncipe encantado não era tão encantado assim. Não poderia aceitar o fato de que ele não gostava de mim de verdade, que desperdicei meu tempo, casei com o Príncipe apenas por ele ser o Príncipe, e ele casou comigo apenas por ser um capricho de casar-se com uma plebeia.
 E onde está aquele amor tão esperado que seria capaz de qualquer coisa um pelo outro? Aquele romancinho bonito que sempre vimos em contos encantados? Eu não sei! E será que isso existe?
Quando menos eu esperava lágrimas percorriam pelo meu rosto, e eu não poderia acreditar se não ouvisse com os meus próprios ouvidos!! Ele não ame ama. Ele só gosta... Mas gostar???
Então sair correndo daquele lugar como a Cinderela quando tentou fugir do palácio antes que completasse meia noite. Todos tentaram impedir minha fuga, sim, o príncipe gritou para que eles fizessem de tudo, até o  impossível para que eu não saísse do palácio. Então todos começaram fechar todas as portas do reino em mandado do Príncipe.
 Poderia processá-lo afinal, tenho direito a minha liberdade. Continuei correndo até que a última porta se fechou e por sorte eu já estava lá fora.  Eu sabia o que eu tinha que fazer. Eu tinha que encontrar o meu Demônio!
 No meio da estrada percebi do Príncipe os seus soldados irem atrás de mim. Mas, por sorte... Sei me esconder muito bem.
 Quando o perigo se passou, eu já pude ir procurar o Mal. Além disso, tenho uma pergunta muito importante para fazer a ele. Algo que desde do inicio que tudo isso começou eu venho me perguntando sempre.
 Estou usando um vestido branco pouco elegante e estou descalça. Saio correndo por aí a procura de um homem alto, pálido, e que só vive de roupas pretas, não... Ele não é um viúvo, ele simplesmente é o Mal... E não demoro até encontra-lo, afinal de contas depois de tanto tempo sendo amiga dele não teria como eu não saber que ele estaria mais uma vez dentro de um cemitério bebendo vinho. 
 Vendo ele de costa, ainda assim percebo o quanto ele consegue ser tão mais encantado que um verdadeiro Príncipe, e então eu o grito.
  -Maaaaaaal..... E ele olha para traz, desta vez surpreso... Corro então para os seus braços, e sinto o seu cheiro como sempre agradável...
Ao beijá-lo sinto o doce hálito do vinho em minha boca, e me delicio com esse beijo maravilhoso. Talvez, pela primeira vez... Um beijo de um amor verdadeiro.
 Estava em seu colo e ele acendeu um cigarro, me convidou para fumar.... E ficamos alí... a noite toda  fumando olhando para a lua. Viajando cada vez mais a cada tragada que dava, sem ninguém ao menos dizer uma palavra…
 Quando o dia amanheceu ainda estávamos no mesmo lugar. Desta vez, eu estava deitada com a cabeça no peito do Mal, em algumas vezes, um pouco ainda dormindo, eu o acariciava e encostava a minha bochecha em sua barba, para que assim eu pudesse senti-la. Dormimos assim a noite inteira.
 Por mais que parecesse nada estava tão bem assim... Até estava, em certo ponto, mas tudo mudou  quando acordamos e fomos surpreendido pelo coveiro, um homem muito magro, alto e que parecia a morte.
 E além disso não demorou muito para que o príncipe finalmente me encontrasse e fosse finalmente a segunda pessoa nessa manhã a me surpreender com o mal. O homem que agora eu sei que é o homem que eu amo.
 Para eu naquele momento o pior que poderia acontecer seria eu sair em todas as capas de jornais estando escrito: Princesa trai Príncipe e é flagrada com amante no cemitério. Imagine! A ADELAIDE IRIA PIRAR. Ela não sabe nada do que está acontecendo, e além disso ela é minha melhor amiga. Não contei nada a ela do que vem me acontecendo nesses últimos meses.
 O príncipe estava surpreso, quem seria aquele homem ao meu lado?
 Se via claramente em seus olhos sua incredulidade. O coveiro percebendo que um clima ruim estava acontecendo entre nós, só pediu para que se retirássemos, afinal... Não demoraria muito para o próximo enterro, que haveria ali em poucos minutos perto de nós.
 Olhei para o Mal e de alguma forma o Mal não estava mais lá. O que me fez tomar um susto.
   Antes de sairmos, sem o Mal, revelei ao Príncipe mais uma vez que não o queria mais. Ele me pediu perdão e me jurou que ele me quer mais que qualquer outra coisa nessa vida.
  O que pra mim não é verdade, até ontem ele disse não me amar....
 Resolveu ele me dar um tempo para pensar em perdoá-lo. E eu aceitei. Disse que não poderia voltar ao palácio, a não ser é claro depois de já ter pensado em sua proposta de voltarmos a ser marido e mulher.
 Mas vamos ser sinceros, eu não quero o Príncipe, eu só disse isso para que ele me deixasse em paz.
 Demorou até que ele aceitasse que eu não voltaria com ele, então fui diretamente a casa de Adelaide, contei para ela, do Mal, do Príncipe, e de tudo o que me aconteceu nesses últimos tempos, e ela achou que eu estava ficando louca, e que seria impossível o príncipe não me amar, já que ele se casou comigo.
Como antes, voltei a ficar na casa de Adelaide, mas, dessa vez por um tempo, afinal o que eu queria era resolver o problema com o meu coração e morar ao lado do meu verdadeiro amor.
 Durante à noite ouvi um barulho vindo da janela. Levantei assustada, e fui em direção ao lugar de onde estava escutando a zoada, até que alguém me pegou por trás e tampou minha boca com as suas mãos, o meu coração batia tão forte nesse momento, e cada segundo que passava parecia que eu estava mais perto da morte. Tentei lutar contra quem segurava balançando todo o meu corpo, e mordi a sua mão, mas quando finalmente iria gritar clamando por ajuda, ele colocou sua mão rapidamente de volta na minha boca, e eu ouvi um sussurro....
  -Shhh... Sou eu, o Mal...
 Não existem palavras para explicar o alívio que eu senti naquele momento. Era o Mal! Ele estava aqui, nesse exato momento, e em meu quarto...
 E então ele me soltou e antes mesmo de eu tentar ligar as luzes ele me beijou, me encostando na parede, e passando a mão em todo meu corpo até que fiquei sem fôlego e tentei entender o que estava acontecendo apesar de por dentro eu implorar cegamente para que ele continuasse. Afinal, o que tem de mais excitante do que ele me pegando desse jeito na parede?.
 E então ele disse com uma voz muito fria... Venha! Tenho que lhe mostrar uma coisa...
 Andamos muito até que finalmente estávamos mais uma vez no cemitério, ele me beijou mais uma vez, e me perguntou se eu sentia medo....
 E então, perplexa o perguntei:
  -Medo? Do que?
  -Você é a única pessoa que não sente medo de mim.
  -Não tenho o que temer....
  O Mal surpreso perguntou:
  - Tem certeza?
  -Com toda a certeza eu o respondi
  -Você nunca me faria o mal..
 E então ele concordou...
Andamos pelo cemitério contemplando a grandiosa luz da noite até que finalmente eu disse o que queria dizer a tanto tempo atrás.
  -Mal, uma vez você disse que era um Rei... Mas, por que disse isso?
Ele respondeu :
  -Por que é verdade, você não acredita em mim?
  -Acreditar? - E então ele continuou
  -Pois venha, eu já ia mesmo lhe mostrar o inferno.
 Pensei apenas em ser uma espécie de brincadeira, mas olhando bem em seus olhos, depois de alguns segundos eles ficaram completamente negros e extremamente obscuros. Não sabia como expressar o quanto aquela maldade que via em seus olhos eram extremamente sexy.
 Desde que cheguei aqui não sabia para onde ele estava me levando, mas sabia que seja onde fosse, eu estaria segura com ele.
 Horas depois não demorou muito para que eu percebesse que estávamos em uma encruzilhada. Eu estava muito curiosa, e com ele entramos em algum lugar onde nunca tinha visto antes, já tinha passado por aqui tantas vezes mas nunca tinha me dado conta desse lugar.
 Depois de tanto andar, até eu não aguentar mais, chegamos finalmente no meio do nada. Exatamente, no meio do nada. Não havia nada aqui, a não que mato já seja alguma coisa. Mas o mal, por alguma razão, continuava andando. Ao me ver parada, gritou para que eu continuasse, pois já estávamos cada vez mais próximos.
 Por onde passávamos o lugar era cada vez mais sombrio, o único som que se ouvia fora o som dos meus passos e o do Mal era os dos grilos cantando.
 Conforme andávamos, era também cada vez mais difícil não se perder, e poder enxerga-lo, não foram poucas as vezes que quase me bati de frente em alguma árvore.
 Não aguento mais todo esse suspense macabro e grito...
  -Maaal
 Ele olha para trás, surpreso com a mesma expressão que fica sempre quando eu grito seu nome. E me respondeu:
  -Está tudo bem com você?
  -Eu respondo que sim com a cabeça.
  -Olha, você deve estar cansada, vamos descansar um pouco certo?
  -Tá, mas me diz, pra onde estamos indo.
 Para minha casa. Irei lhe mostrar que não menti quando eu disse que era um Rei.
  -E precisamos andar tanto?
  -Se vc não quiser ir, tudo bem. Pode ficar aqui.
  -Não, eu quero ir com vc, mas antes, por favor me beije.
 Ele se aproximou encostando os seus lábios nos meus, e eu comecei a sentir aquele hálito doce de vinho que parecia nunca sair de sua boca, será que ele bebe vinho 24 horas por dia? Não sei, mas gostava disso.  Me dava tesão, e então comecei a morder sua boca. Ele me colocou em seu colo de frente pra ele e foi enfiando sua mão dentro da minha blusa e apertando os meus seios, até que finalmente deitamos em cima de uma sepultura, com eu em cima dele sentindo uma coisa que estava gostando muito... Sua ereção…. Estava tão duro.. Tem coisa mais gostosa que sentir isso no lugar certinho?
 A única coisa que eu queria nesse momento era ficar totalmente nua, e esperava que ele ficasse da mesma forma para que nós dois pudéssemos fazer algumas loucuras. Como ele pode ser tão sexy? Só sentia vontade de tirar toda sua roupa e apertar o seu corpo de frente ao meu. Tudo estava ficando mais quente, ele tirando minha roupa... Chupando o biquinho dos meus seios...

  -Mal, eu estou muito cansada.
 Após dizer isso, percebo o quanto ele ficou pensativo. No que será que ele está pensando?

  No outro dia eu estava muito feliz, porque finalmente tinha encontrado a pessoa que ficará comigo pelo resto dos meus dias, e além disso, é uma pessoa que eu amo, e me merece.
  Estou na casa de Adelaide, não contei nada para ela, sobre o Mal ser um demônio, sobre eu ter ido ao inferno, ou melhor, não cheguei a ficar exatamente dentro do inferno, mas o vi e fiquei bem perto.
Tudo estava indo perfeitamente bem, Adelaide me ajudaria a encontrar o vestido.
 Hoje de manhã acordei ouvindo batidas na porta, me levantei e fui ver quem era, cheia de vontade de xingar a pessoa que estava na porta. Ao abrir percebo que na verdade era um dos servos do príncipe, vendo que finalmente eu estava aqui, ele disse que o príncipe estava louco de saudades por mim, e que eu deveria ir até o reino, pois eu tinha que finalmente revelar a minha resposta. Provavelmente deve ser a resposta se eu vou retornar tudo com ele, ou não.
 Disse para o servo em minha frente que um pouco mais eu estaria indo até lá.
 Ele saiu, e então fechei porta. O príncipe que me espere, deitado ainda... Porque eu não eu não vou aparecer.
 Dias se passaram, e eu me apaixonava ainda mais pelo Mal, como ele consegue ser tão perfeito e tão mal ao mesmo tempo?
 Era de manhã e mais uma vez acordo por batidas na porta, quando abro é um de seus servos querendo me levar até o reino agora mesmo, e por ordem do Príncipe, caso contrário ele mesmo viria aqui, e além disso ele é o Príncipe...Cansada com todo esse blá blá blá decido ir.
 Quando acabo de chegar, acho que estou no lugar errado. O que isso?
 Quando entrei pelo tapete vermelho todos estavam olhando para eu, e eu não sabia exatamente o que estavam acontecendo.... Havia muitas pessoas aqui, enquanto eu andava pelo tapete até chegar finalmente onde estava o príncipe, visivelmente me esperando.
 Ele se curva e me chama para dançar. Todos param para olhar, e espera que nós dois comecemos a dança.
 Enquanto nós dois dançávamos o príncipe me arrastava para um outro lugar, onde não havia ninguém. Ele me dizia que eu voltaria a morar no reino hoje mesmo. Que eu não precisava trazer minhas roupas, pois me daria roupas novas.
 Eu recusei, disse que não voltaria mais a viver com ele.
 Estamos sentamos e o Príncipe me colocou para mais perto dele, parecia que ia me beijar, mas... Eu virei o rosto e tomei um susto, afinal o Mal apareceu. Meu coração fervia, o que ele iria pensar?

 Sair correndo do lado do Príncipe e abracei o homem que eu amo. Quando olho novamente para o Príncipe vejo a sua cara de furioso. Querendo saber quem era esse homem, e então o revelei que eu era a sua noiva. Estava preste a me casar com ele. Logo o percebo pegando a sua espada e o mal me joga para longe, sem me machucar. O Príncipe tenta acerta-lo com a espada, mas o Mal se desviou de todas as tentativas. 
 Olho para aquilo com uma expressão claramente assustada. Nenhum humano poderia de fato defender-se assim a si mesmo. Mas o é Mal não era um humano. Era um demônio. Então.... Isso significa que.... O Príncipe corre um grande perigo.  
 Finalmente o Mal revidou seus ataques o atirando forte no chão, tão forte que creio ter quebrado todos os ossos do Príncipe, afinal... Ele já não conseguia se movimentar muito bem. Grito para que o Mal pare, e deixe o Príncipe em paz, mas ele não me escuta.  Então sai correndo do Castelo, passando por todos aqueles convidados que nesse exato momento me lançam olhares assustados. Acabei tropeçando e cair. Porem me levantei de novo e sair correndo até a casa de Adelaide, peguei tudo o que precisava e fui a um templo. Eu tinha que evitar a morte do Príncipe, e acabar com essa história de uma vez, me casarei com o Mal e o Príncipe me esquecerá para sempre.
  Carrego comigo 4 velas negras, coloco uma no Sul, outra no norte, ao leste. À minha frente vejo o altar, acima dele uma imagem do Baphomet. Comecei tocando o sino 8 vezes para que assim purificasse o ar.   Peguei a faca no altar apontei para a vela do Sul e disse: 
  -Ao Sul, saldo Satanás. Ágios Satanás
 Fui até a vela e a acendi.
  -Ao leste saldo Lúcifer, ágios Lúcifer. 
 Acendi a vela do leste e fui fazendo o mesmo para todas as outras respectivas velas. 
 -Ao norte saldo Belial, ágios Belial 
 -Ao oeste saldo Leviatã, ágios Leviatã.
  Então peguei o pergaminho e escrevi:  
 Eu Renata peço que o senhor das trevas e o verdadeiro criador de todo o universo aceite minha alma me dando em troca, apenas a chance de eu voltar ao tempo, no mesmo dia em que me caso com o Príncipe.  Tirei um pouco do meu sangue e deixei que caísse na página. Queimei na vela, e tinha acabado de fazer um contrato com o Mal. 
 Agradeci a presença de todos os príncipes do inferno aqui presente e fui para casa. Estava na cozinha e surpreendentemente o mal apareceu me dando um susto extremamente grande. De onde ele veio?        
  -Princesa.... Não posso aceitar o seu pacto, está maluca?
  - Mal... Eu só não acho que o Príncipe merece a morte. Melhor que isso é eu voltar ao tempo assim ele não irá se casar comigo.
 Ele respondeu:
  -Voltar ao passado não é tão simples, qualquer coisa que fizer mudará o futuro. Está mesmo certa disso? Confirmo balançando a cabeça. 
 E ele diz:
  -Então que assim seja.
 Estala os dedos e do nada eu estou vestida de noiva e prestes a entrar pelo tapete vermelho. Mas eu não estava aqui para isso, sair correndo e voltei para casa de Adelaide. Quando Adelaide chegou em casa ela preocupada. Querendo saber o que aconteceu pois não apareci no casamento , e eu só disse que ele não era o meu amor verdadeiro... E depois mergulhei em lágrimas. Horas me vestir de uma forma melhor e então sair a procura do Mal. Quando eu o vejo saio correndo para beija-lo como nunca antes... Ele surpreso não sabia o porque de tudo isso. 
  Expliquei tudo o que havia acontecido, e então ele me disse que eu tinha que voltar ao futuro, pois eu não pertenço a esse tempo. Afinal ele já passou. 
 Disse a ele que tinha 1 hora até voltar ao futuro. Quando finalmente volto, estou em um lugar totalmente escuro, vendo almas sendo torturadas cruelmente por demônios, escuto alguém batendo na porta, e deslizo minha mão até encontrar a porta e a fechadura dela, a abro com medo do que posso encontrar e o que vejo é o amor da minha vida. 
 Pergunto o que aconteceu com o Príncipe e descobri que uma nova princesa tinha se casado com ele. Bom... Ele tinha trazido vinho então bebemos e ficamos ali admirando todas aquelas almas sofrendo no inferno durante toda a eternidade.
              
          Agora sim podemos dizer "E foram felizes para sempre"
              
                                                                                               FIM.

~~Angel

Um comentário:

  1. Com isso digo, as pessoas que pensamos que são boa, por vezes são as piores!!
    O mal sempre vem de algo que já foi bom.

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Uma vez, antes de qualquer coisa, respeite nossa única regra: Sem racismo, machismo, discriminação ou qualquer outro tipo de preconceito ou discurso de ódio.
:) Obrigada pelo comentário, tentarei respondê-lo mais tarde.