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Maçonaria no Brasil

   A Maçonaria brasileira, pelo menos, está entrando em um nível de excitação cultural e educacional com a criação de lojas de pesquisa, camarotes compostas por estudantes universitários, academias etc, que em breve irá, inevitavelmente, ter uma evolução significativa. Tal como no passado, a Maçonaria emprestou sua organização para um país que não tinha partidos políticos, e pode, no limiar do século 21, a ajudar o país, que ainda tem instituições políticas com uma performance pré-iluminista rançosa, criando verdadeiramente republicano valores e instituições. O Brasil proclamou a República, mas seus valores ainda são patrimonialista. O grande desafio é que a Maçonaria pode ajudar o Brasil a ajustar sua escala de valores e desempenho neste século.
Demos especial ênfase para as duas divisões no século XX pela sua importância estratégica. Dois anexos também compõem o presente trabalho: i) a lista dos Grão-Mestres do GOB, e ii) um quadro estatístico sobre as obediências e os maçons brasileiros considerados como regulares, como o GOB, Grandes Lojas e COMAB (Confederação Maçônica do Brasil). Também deve ser notado que todas as divisões no Brasil são devido à derrota nas eleições, ao invés de diferenças doutrinárias. A partir dos dados aqui apresentados, pode-se dizer que o Brasil tem mais de 6.000 lojas maçônicas, e cerca de 200.000 membros. Estes são os chamados poderes regulares.
Primórdios
Com os dados disponíveis hoje, a primeira referência conhecida a uma loja maçônica brasileira teria sido nas águas territoriais da Bahia em 1797, na fragata francesa, La Preneuse, chamado Cavaleiros da Luz, logo depois transferido para Barra, distrito de Salvador. No entanto, a primeira Loja regular no Brasil foi a reuniao, fundada em 1801 no Rio de Janeiro, filiada ao Oriente da Ilha de França (Ile de France), antigo nome da Ilha Maurício, na época uma possessão francesa, atualmente Britânico.
Dois anos depois, o Grande Oriente Lusitano, desejando espalhar no Brasil, a "verdadeira doutrina maçônica", nomeado para o efeito três delegados, com plenos poderes para criar lojas regulares no Rio de Janeiro, filiado ao Grande Oriente. Criaram então Lodges Constância e Filantropia, que, juntamente com a reuniao, serviu como um centro comum para todos os maçons existentes no Rio de Janeiro, regular e irregular, promovendo a abertura de outros, até o grau de Mestre. Apesar das controvérsias que exigem mais pesquisas nesta área, estas foram as primeiras lojas oficiais considerada regular, pois havia, anteriormente, os grupos secretos, para mais ou menos maçônica formas, funcionando mais como clubes ou academias, mas não eram Lodges no sentido de da palavra.
Após a fundação dos primeiros três lojas "oficiais", eles se espalharam, nos primeiros anos do século XIX, Lodges nas províncias da Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro, livre, ou sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano eo Grande Oriente da França. Deve notar-se que os governos coloniais do dia foram instruídos precisamente para evitar o funcionamento do Lodges no Brasil. Tanto é assim que as lojas - Constancia e Filantropia - foram fechados em 1806, no Rio de Janeiro, deixando as atividades maçônicas na cidade, mas continuando e expandindo, especialmente na Bahia e Pernambuco. Rio de Janeiro, no entanto, poderia ficar sem um Lodge, e apesar desta proibição, o trabalho prosseguiu com a Lojas São João de Bragança e Beneficencia.
Um fato importante para o futuro da história do Grande Oriente do Brasil era que o Lodge Commercio e Artes fundada em 1815, manteve a sua independência, adiando a sua filiação ao Grande Oriente Lusitano, porque seus membros queriam criar uma Obediência brasileira. Também deve-se notar que, em 1817, houve dois eventos de grande gravidade em termos de lesa-majestade. Duas revoluções eclodiram: i) a Revolução Pernambucana de 1817, um movimento revolucionário de caráter fortemente nacionalista, com a intenção de implementar a República no estado de Pernambuco, e ii) a Conspiração Liberal de Lisboa, em 1817, liderada pelo nosso irmão Geral Gomes Freire de Andrade, ex-Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano. Diante desse clima de sedição, tanto em Portugal como no Brasil, um decreto draconiano foi emitido em 30 de Março de 1818, que proibia o funcionamento das sociedades secretas. Os alojamentos, então, decidiu deixar o seu trabalho até que pudessem ser reaberto com segurança. Os maçons, no entanto, continuou a trabalhar secretamente como o Clube da Resistência, fundada no Rio de Janeiro.
A Revolução Liberal do Porto eclodiu em 1820, liderados por maçons portugueses, exigindo o retorno de D. João VI para Portugal. Desde então, os eventos começam a precipitar. A Revolução também eclode na Espanha, em 1820. A vaga liberal (maçônica) começou a desafiar os Estados absolutistas da Península Ibérica. No Brasil de 1821 começou com uma série de eventos político-militares, que culminou com a independência do Brasil. Como naquela época não existiam partidos políticos, uma organização era necessária para coordenar e mobilizar o descontentamento político, ea Maçonaria brasileira emprestou sua organização para esse fim. Ele voltou, então, à atividade de pleno direito.
O primeiro evento foi a sedição das tropas em 26 de fevereiro que impôs D. João VI o juramento à Constituição Português, o que causou o aparecimento de uma conspiração intenso, incluindo muitos maçons, buscando a independência do Brasil. Os seguintes eventos foram os de 20 de abril e 21, quando houve uma rebelião dos eleitores, exigindo a residência do rei do país, provocando a reação imediata das tropas portuguesas, que garantiu o embarque da família real. Todos esses fatos têm atraído a atenção da polícia contra os maçons, o que não impediu, porém, que a Loja Commercio e Artes retorno para trabalhar secretamente, retomando suas atividades em 24 de junho de 1821. Agora, com o nome de Lodge Comércio e Artes da Idade de Ouro, sob os auspícios do Grande Oriente de Portugal, Brasil e Algarve.
O afluxo de adesões foi tão grande nos meses seguintes, que logo foi considerada a criação de uma Obediência nacional, o que aconteceria em 17 de junho de 1822, com a subseqüente spin-off de "Comércio e Artes" lodge, formando o trio das lojas fundadores do Grande Oriente. A partir deste momento, a Maçonaria brasileira deixou de ser um grupo heterogêneo de lojas espalhadas ligados a alguma obediência estrangeira, para se transformar em outra célula do sistema de obediências mundo.
O que se segue é um breve resumo dos primórdios da fundação do Grande Oriente do Brasil, a mais antiga, maior e mais tradicional Obediência brasileira. Apesar da precariedade de documentos, pode-se apresentar a seguinte cronologia: 1796 - Fundação, em Pernambuco, o Areópago de Itambé, o que não era exatamente um Lodge, embora criado sob inspiração maçônicos, não foi totalmente composto por maçons;


1797 - Fundação da Loja Cavaleiros da Luz, na localidade de Barra, na Bahia;
1800 - Criação, em Niterói, da Loja União;
1801 - Instalação de Lodge reuniao, o sucessor da Loja União;
1802 - Criação da Bahia da Loja Virtude e Razão;
1804 - Fundação da Lojas Constância e Filantropia;
1806 - Encerramento da Lojas Constância e Filantropia pela ação do Conde de Arcos;
1807 - Criação da Loja Virtude e Razão Restaurada, o sucessor de Virtude e Razão;
1809 - Fundação da Loja Regeneração, em Pernambuco;
1812 - Fundação da Loja Distintiva em S. Gonçalo da Praia Grande (Niterói);
1813 - Instalação da Loja União na Bahia;
1813 - Fundamentos da obediência efêmera, sem suporte legal - que alguns consideram como o primeiro brasileiro Grande Oriente - composto por três lojas da Bahia e um do Rio de Janeiro;
1815 - Fundação da Loja Comercio e Artes, no Rio de Janeiro;
1818 - Emissão do Alvará de 30 de março, proibindo o funcionamento das sociedades secretas, o que causou a suspensão - pelo menos aparentemente - do trabalho maçônico;
1821 - Restabelecimento da Loja Comercio e Artes, no Rio de Janeiro;
1822-17 jun: fundação do Grande Oriente.

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