Aquele bairro tinha a fama de ser um tanto quanto violento.
Principalmente durante a noite, quando aconteciam assaltos. Mas havia um
boato de que um animal perigoso estava espreitando aquele lugar, pois
toda vez que alguém saía de noite, essa pessoa (ou parte dela) era
encontrada mutilada.
Pedro e sua namorada, Amanda não moravam na região, mas estavam
indo à casa de um amigo, e tinham que passar por ali. A rua estava mal
iluminada e cheirava mal, por causa do córrego poluído que passava logo
em frente a eles. Em cima do córrego, havia uma pequena ponte de
madeira.
_Você sabia do boato que tá correndo nesse lugar, amor? _ Disse ela
_Qual? A do "animal selvagem"? Sabia sim. Mas quer saber, eu não dou a mínima!
Mal sabiam eles que estavam sendo observados. Um sujeito estava
seguindo os dois pelas sombras fazendo o mínimo barulho possível. Então
ele salta à frente deles com um revólver em punho e faz sua abordagem:
_Vocês dois parados aí! Quero só o dinheiro de vocês e ninguém sai machucado! Nada de gracinhas!
A garota ficou e, choque e começou a tremer, mas Pedro continuou
impassível, porém também havia ficado em choque. O Assaltante estava com
pressa e falou:
_Vamos não tenho dia todo! Você! A garota! Joga essa bolsa pra mim!
_Não faça isso Amanda _ Disse Pedro, ficando na frente dela, então
disse ao assaltante: _ Vai ter que passar por mim primeiro!
_Você é idiota ou quê?! Não ta vendo que to com uma arma!
_Atire e veja o que acontece!
_Pedro, não!
E não deu outra. O assaltante deu três tiros no peito de Pedro
fazendo-o ser jogado para trás. Amanda em choque gritou. Pedro começou a
gemer de dor. O assaltante vendo que ele estava caído abaixou a arma,
pois tinha mudado de ideia. Reparou que Amanda tinha um corpo muito
bonito, então a pegou á força e a arrastou para um canto para abusar
dela, sob muitos protestos dela.
Ignorando o corpo de Pedro, os dois não perceberam o que acontecia
com ele; seu corpo se contorcia em espasmos violentos, gemia de dor,
seus ossos queimavam, sua musculatura mudava, sua estrutura corporal
também, Seu pelos corporais cresceram com velocidade espantosa, suas
roupas rasgaram na altura do peito e na barra das calças. Ficou de
bruços, então seu rosto se desfigurou; seus dentes cresceram e sua cara
se alongou, suas orelhas ficaram pontudas, enfim, tudo nele se
assemelhava a um lobo.
A transformação foi relativamente rápida. O assaltante quando já
estava arrancando se incomodou com os grunhidos de Pedro e se virou para
ver o que acontecia. Já deveria estar morto agora. Ao se virar se
depara com uma criatura bestial com cara de lobo, se erguendo sob os
dois pés.
Numa fração de segundo, o homem pega a coronha da arma, mas não
consegue sequer ergue-la, pois a criatura estava segurando seu braço, e
mordendo seu pescoço com força descomunal fazendo-o perder o ar,
impedindo-o de gritar. Foi jogado no chão de devorado! Ao fundo, Amanda
gritava apavorada. A Criatura devia devorar uma parte daquela carne por
causa do metabolismo acelerado causado pela transformação. Antes de
voltar ao normal, jogou o que restou do corpo no riacho poluído, o chão
literalmente pintado de sangue. Então voltou ao normal da mesma forma
barulhenta que foi ao se transformar.
Amanda vê seu namorado se transformar num monstro e devorar outra
pessoa, sem acreditar no que viu. Ela o vislumbra de perfil em
contraste com o céu nublado, o seu rosto todo ensanguentado, e suas
roupas rasgadas. Ele se vira para ela, sério e com a voz baixa, quase
num rosnado e diz:
_Agora você já sabe porque eu não tenho medo da "fera selvagem."
Eu sou essa fera, e esse é o meu território! Agora vamos embora _ E a
pegou pelo braço gentilmente fazendo-a se levantar.
Agora, como os dois vão se explicar ao amigo sobre as roupas
rasgadas, o sangue, o psicológico de Amanda e tudo o mais, bem, isso já é
outra história.
-Fonte
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